Mais de três décadas se passaram desde o fim da Guerra Fria. Embora muitos cidadãos das ex-repúblicas soviéticas e das nações do Pacto de Varsóvia tenham abraçado as oportunidades trazidas pelas liberdades civis e pelo crescimento econômico, alguns ainda exploram a nostalgia dos dias de império. O próprio Vladimir Putin declarou que “o colapso da União Soviética foi um grande desastre geopolítico do século”.

Uma nova ideologia, então, o eurasianismo, é promovida por aqueles que sonham com um novo império e com a vingança contra as potências ocidentais que causaram a queda do império soviético. Aleksandr Dugin, descrito pela Foreign Affairs como “o cérebro de Putin”, vê a batalha entre a Rússia e o Ocidente como uma luta épica para concretizar mitos antigos: uma batalha entre as forças da terra mítica da “Arctogaia” e uma América decadente e materialista.

Dugin afirma: “O império americano deve ser destruído e, em algum momento, será”. É urgente, portanto, que a América entenda a natureza da ideologia eurasianista e do fanatismo que hoje move guerra contra a Ucrânia, mas amanhã poderá mover outra contra o Ocidente.